Oficialmente registrada em 1978, a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin é uma instituição sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública federal, que tem por objetivos a promoção e divulgação de atividades de caráter cultural, artístico e científico, além da transformação da residência de Ema Gordon Klabin em museu aberto à visitação pública.
A casa abriga um valioso acervo de 1545 obras, entre pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, dos modernistas brasileiros Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari e Lasar Segal; talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário de época, peças arqueológicas e decorativas.
Nascida no Rio de Janeiro em 1907, Ema Gordon Klabin era filha de Hessel Klabin e Fany Gordon Klabin, imigrantes lituanos vindos para o Brasil na última década do séc. XIX. Seu pai, naturalizado brasileiro em 1923, foi um empresário que se distinguiu no desenvolvimento da indústria do papel e da celulose no país. Foi educada no Brasil e na Europa (Alemanha e Suíça), onde residiu durante a Primeira Guerra Mundial.
ZEUS (CABEÇA)
Mármore esculpido. Grécia, séc. V a.C.
Antiguidade Clássica
Este núcleo compreende peças em cerâmica pintada, bronze e mármore, como esculturas, vasos e objetos de uso quotidiano, das civilizações grega, etrusca e romana, datados entre o século IV a.C. e o século I d.C.
ÂNFORA (VOLUTE KRATER)
Cerâmica pintada e decorada em alto-relevo. Itália, Roma, séc. XIX.
ADEREÇO DE CABEÇA
Madeira entalhada e pintada, tecido. Grupo Cultural Yorubá. Nigéria - Séc. XX
Arte Africana
Este núcleo compreende peças de cunho religioso e ritual, executadas em madeira, marfim e bronze por diversos grupos culturais da África ocidental, como Ashanti, Bambara, Yoruba, Mossi, Dan, Baule, Bakongo e Bakuba, todas datadas entre o final do séc. XIX e as primeiras décadas do séc. XX.
BASTÃO
Madeira entalhada. Grupo Cultural Yorubá. Nigéria - Séc XX (?)
NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
Madeira policromada e dourada. Brasil, Bahia, séc. XVIII.
Arte Brasileira – Séculos XVIII e XIX
Este núcleo abrange peças do período colonial e do Império, compreendendo um conjunto de 24 imagens sacras (em madeira e terracota policromadas) e um grupo de talhas em madeira policromada..
ANJO CUSTÓDIO
Terracota policromada. Brasil - Séc. XVIII (?)
SÃO JERÔNIMO
Terracota policromada. Itália, séc. XVIII.
Arte Europeia
VISTA DE OLINDA (VISTA DAS RUÍNAS DA CIDADE DE OLINDA NO BRASIL)
Frans Post. Óleo sobre tela. Holanda, c. 1650.
Arte Europeia
Pintura Italiana, Pintura Holandesa, Pintura Francesa
RETRATO DE HOMEM COM CACHIMBO
David III Ryckaert. Óleo sobre madeira. Holanda, séc. XVII.
RETRATO DE HOMEM COM CACHIMBO
David III Ryckaert. Óleo sobre madeira. Holanda, séc. XVII.
VASO COM FLORES
Maurice de Vlaminck. Óleo sobre tela. França, séc. XX
DOIS GALOS
Cândido Portinari. Óleo sobre tela. Brasil, 1940.
Arte Moderna Brasileira
Este grupo inclui telas de artistas capitais do modernismo brasileiro, incluindo Lasar Segall, Portinari, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral, além de esculturas de Victor Brecheret, Bruno Giorgi e Bella Prado, desenhos e gravuras (Clovis Graciano, Iberê Camargo, Maria Bonomi, Marcelo Grassman e Poty, entre outros).
RETRATO DE LUCY
Lasar Segall. Óleo sobre tela. Brasil, 1937.
RETRATO DE MULATA
Emiliano Di Cavalcanti. Óleo sobre tela. Brasil, 1955.
RIO DE JANEIRO, 1923
Tarsila do Amaral. Óleo sobre tela. Brasil, 1923.
FAUNO
Victor Brecheret. Terracota. Brasil, séc. XX.
AMAZONA
Estilo Tang. Cerâmica em três cores. China, séc. XVII / XVIII, Ming.
Arte Oriental
Este núcleo abrange objetos procedentes das várias culturas orientais, do oriente próximo às Ilhas do Pacífico, como Turquia, Pérsia, Índia, China, Japão e Sudeste Asiático. São tapetes, esculturas, pinturas, gravuras, peças de mobiliário e objetos de uso decorativo e cerimonial. Entre as culturas citadas, predominam os objetos procedentes da China, incluindo um conjunto de bronzes rituais das Dinastias Shang (Séc. XIV / XI a.C.) e Zhou (Séc. X / III a.C.), figuras funerárias em cerâmica da Dinastia Tang (Séc. VIII) e esculturas em madeira policromada da Dinastia Ming (Séc. XIV / XVII).
GRUPO DE MACACOS - OKIMONO
Marfim esculpido. Japão, séc. XIX.
RECIPIENTE BI-COMPARTIMENTADO COM FIGURA DE MORCEGO
Cerâmica pintada. Civilização Chavin, Séc. IX - II a.C.
Arte Pré-Colombiana
Este núcleo é formado por 17 peças do período pré-colombiano (anteriores ao século XVI), provenientes de diversas regiões do México e Perú. Civilizações antigas da América, como Mochica, Tolteca, Chimu, Chavin e Nazca estão representadas em peças executadas em terracota, pedra, madeira e tecido.
VASO COM FIGURAS DE LAGARTOS
Cerâmica policromada. Civilização Nazca, Séc. I a IX d.C.
BULE
Carles Wright. Prata martelada. Inglaterra, Londres, 1771.
Prataria
As peças em prata formam expressiva coleção com cerca de 150 peças. Poderíamos destacar o conjunto de taças cerimoniais ou comemorativas antigas, provenientes da Inglaterra, Alemanha e Rússia, o conjunto de paliteiros portugueses do séc. XIX, os castiçais, navetas e candelabros ingleses e portugueses, e, entre as peças brasileiras antigas, os tocheiros, lanternas de procissão e outras peças de cunho religioso.
CAIXA PARA CHÁ
A.S. Prata. Inglaterra, Londres, 1764.
CADEIRA DE BRAÇOS
Madeira entalhada, tecido bordado. França, séc. XVII.
Mobiliário
O conjunto de peças de mobiliário é bastante diversificado, abrangendo mesas e consoles franceses e italianos do séc. XVI ao XIX, mesinhas e armários chineses e diversas peças de uso adaptado. O mobiliário luso-brasileiro em jacarandá tem o maior destaque nesse núcleo, onde a peça mais importante é uma mesa para jogos com diversos tampos marquetados em marfim, feita para a Casa Real Portuguesa. O núcleo inclui, ainda, os estofados desenhados por Terry Della Stuffa, responsável por toda a decoração inicial da casa.
BANQUETA DE ABRIR
Madeira entalhada e dourada, tecido de veludo. Itália, séc. XIX.
CAIXA
Madeira revestida com placas de marfim esculpido; ferragens. Espanha, séc. XVI.
Artes Decorativas
Este núcleo, bastante diversificado, abrange, de um lado, todas as peças e elementos arquitetônicos utilizados na decoração da casa, como lustres, tapetes, esculturas, frontões de lareira, espelhos e objetos decorativos. De outro lado, inclui a vasta coleção de peças de serviço de mesa, como porcelanas (Sévres, Limoges, Meissen) e cristais (Baccarat, Bohemia), utilizados por Ema Klabin na produção de seus suntuosos almoços e jantares.
O conjunto de fotografias pessoais de Ema Klabin também faz parte da Fundação, totalizando mais de 2000 fotos.
Nascida no Rio de Janeiro em 1907, Ema Gordon Klabin era filha de Hessel Klabin e Fany Gordon Klabin, imigrantes lituanos vindos para o Brasil na última década do séc. XIX. Seu pai, naturalizado brasileiro em 1923, foi um empresário que se distinguiu no desenvolvimento da indústria do papel e da celulose no país. Foi educada no Brasil e na Europa (Alemanha e Suíça), onde residiu durante a Primeira Guerra Mundial. Além da atividade empresarial, assumida em 1946 com a morte de seu pai, Ema dedicou-se a inúmeras atividades filantrópicas e assistenciais, dentre as quais se destaca o papel desempenhado na construção do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo.
Apreciadora de música e de arte, Ema Klabin teve uma significativa atuação na vida cultural da cidade, com participação nos conselhos de instituições culturais, além de promover artistas, participar de leilões beneficentes em prol das entidades que apoiava e realizar concertos em sua própria casa com artistas de renome. A partir do final dos anos 40, passou a adquirir importantes obras de arte em diversas galerias européias e americanas, além de comprar diversas peças de outros colecionadores brasileiros e de diplomatas estrangeiros de passagem pelo Brasil.
Além de algumas peças que ornamentavam a antiga residência paterna, Ema formou, no pós-guerra, um importante conjunto de telas de pintura européia, além de alguns itens de mobiliário europeu antigo.
Logo começou a acalentar o sonho de construir uma residência onde pudesse conviver com o belo acervo que ia se formando e onde pudesse receber seus familiares, amigos e artistas em ambiente refinado. A casa, feita sob medida para abrigar sua coleção, foi inaugurada no final em 1960. Já no final de sua vida, e não tendo herdeiros diretos, Ema Klabin preocupou-se com o destino de sua coleção e, como sua irmã Eva Klabin Rapaport fizera no Rio de Janeiro, criou a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, para que se criasse um novo museu aberto à visitação pública.
O imóvel sede da Fundação localiza-se à rua Portugal em São Paulo. O terreno, de quase 4.000 m2, faz parte do Jardim Europa, loteamento de alto padrão projetado pelo engenheiro-arquiteto Hipólito Pujol Jr. no final da década de 1920, nos mesmos moldes das cidades-jardim britânicas do contíguo Jardim América, projeto do urbanista inglês Barry Parker.
Contato: atendimento@emaklabin.org.br
Rua Portugal, 43
Jardim Europa | São Paulo | SP | Brasil
CEP 01446-020 | Telefone (55) (11) 3062-5245
Agendamento de visitas:
agendamento@emaklabin.org.br
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